Quadragésimo dia 31 de outubro de 2008.
Ontem não fechei a persiana de ferro da janela, antes de todos se deitarem... Acabou que para naum incomodar, dormi sabendo que hoje a claridade me incomodaria bastante...
Tive um sonho bom... acordei com imagens felizes e acordei com o céu azul... Eu naum sabia que gostava tanto do sol. Eu sempre gostei de ficar esquentando no sol... mas eu gosto muito do sol... O dia fica alegre, a gente fica disposto, a gente fica mais brasileiro com o sol... Aqui eu dei de conversar com estátua, com astros celestes, com rios e ventos... tô falando mais sozinha do que nunca... Às vezes fico rindo de mim mesma falando sozinha Genève à fora... Parada no sinal... o povo deve achar a maior loucura!!! Eu fico tentando passar para o francês tudo que penso em português...
Quando estava chegando na Universidade... E olhei pro Mont Blanc até parei... Ele tá cinza... lindo demais... É uma sensação muito legal de déjà vu... porque a gente sabe que existe neve... vê neve na TV... leu a Montanha Mágica... e por mais realidade que a palavra tenha... ver, sentir... é bem legal... É um pequeno minuto em que ver o visto, não é só isso...
Eu também naum sabia que gostava tanto do meu nome... Gosto de todos os nomes que tenham acento agudo, ou que tenham um i que grita no meio... O meu nome tem as duas coisas... Tem acento e o i... Tem gente que me chama de Janaína com o primeiro a nasalizado, eu gosto... Mas tem poucas pessoas que me chamam de Janaína com o primeiro a aberto... solto... Isso faz o som do J ficar mais x. Eu adoro ouvir meu nome assim... Gosto também dos apelidos do meu nome... mas ninguém fala Naninha como a Carla. É uma delícia de ouvir...
Gente!!! O povo daqui naum consegue falar meu nome... É muito engraçado... Os professores lêem umas três vezes antes de se arriscarem... Os colegas nem se arriscam... e as Rodrigues resolveram me chamar de Janína... Depois de várias tentativas como Ranina...Resolvi... deixar... Não adianta tentei mostrar a forma correta pra herodinha, que virou minha amiguinha, mas ela naum deu conta... Entaum vai Janína mesmo... Só quem chega bem perto da pronúncia que eu adoro é o Antoine... fofo...! Tinha de ser!!!
Hoje recebi um e-mail da minha orientadora preferida... Ai a Janice é uma querida, acho que o jeito que olho pra ela é que faz com que eu olhe para o Antoine aqui... Ela é sempre tão chique-básica, de uma leveza... Ela sempre tem uma palavra de incentivo na ponta da língua, além de todas as relações estabelecidas pelos conectores na língua portuguesa... E as que estão começando existir ela, haja visto, já está estudando.
Eu tive poucos orientadores... Na faculdade, aprendi muito, mas não tive professores orientadores, o meu orientador foi o Takao, ele quem me ajudou a pensar mais academicamente pela primeira vez, sem que a gente se nem soubesse disso... Ainda gosto muito da opinião dele sobre o que penso e discuto...
Depois na Pós... Nada menos nada mais que Hugo Mari... Minha nossa senhora da AD, tenho vergonha dele até hoje... pelo trabalho que apresentei... Hoje eu tenho ciência disso... Mas ele é um maestro... Esta é a palavra para ele. Tem frases dele que eu me apoderei... tipo... :Defesa é festa, roupa suja se lava na orientação... : Simmm?!!! Que quer dizer talvez... ou naum.... Que eu fiz virar “Pode”... que tem o mesmo valor semântico de simmm?!! Foi ele quem me trouxe pra UFMG... me disse pra fazer uma disciplina isolada e lá me apresentou à Ida e à minha vovó teórica, Sueli... Ele disse assim pra Ida... Esta menina está vindo pra ficar com a gente... No ano seguinte... eu passei na seleção... Profeta... Tenho um respeito maior do mundo por esse homem por tudo que ele sabe e pelo que ele me passou... Lá na minha dissertação eu disse... Agradeço... em especial ao meu maestro soberano Hugo Mari brasileiro por me soprar esta minha toada.
Quando eu fiz a disciplina da Janice e da Sueli... E vi a Janice e já a escolhi... Eu naum fui a primeira orientanda dela a defender, mas fui a primeira que a escolheu... Antes da Fernanda!!!! Aí quando o Beto ficou em dúvida e quis mudar de orientadora, erro gravíssimo que ele cometeu (eu penso...), eu tentei falar... mas... Achei ótimo porque ela ia ter mais tempo pra mim... Ser ciumenta é um defeito grave que eu tenho... E na nossa relação isso fica bem claro... pra ela e pros outros orientandos... Naum tenho um senão da orientação dela... Ela é de uma gentileza com a gente... não é aquela de sentar num bar e tomar cerveja junto, mas aquele de sentar à mesa e dividir conhecimento e dividir a salada, e a coca 0...
De uma simplicidade... que faz a gente se aproximar e se sentir capaz até de escrever... Quando ela lia os meus textos quase morria... de vergonha de naum saber escrever... mas ela foi dizendo... isso sim, isso naum... E eu vou melhorando... Tudo ela divide... se ela tem chocolate na bolsa, ela divide, se ela vai pra Europa, a primeira reunião com a gente é pra dividir... textos, fotos... experiências... Eu só naum tenho muito ciúmes do Gu e da Rejane... Até da Beth eu tenho... Do resto eu tenho muito... Ela disse uma vez que eu fico com a cara estranha quando ela devolve os meus textos revisados... Fico mesmo ...de vergonha!!! Porque ela me ensinou a cuidar com esmero do que eu quero dizer e às vezes esse caminho é muito duro... Porque ver as marcas dela no meu texto, faz com que eu me reveja como pesquisadora... pois uma coisa que é comum a nós, seus orientandos, é a confiança no olhar dela... Fora isso... aprendo muito com ela vendo a relação dela com os colegas dela de trabalho... Por mais que todo mundo me diga que o mundo acadêmico é marcado pela guerra de vaidades, eu teimo em naum acreditar... vendo como a Janice trabalhar... Se o mundo acadêmico é o mundo das vaidades... A Janice já transcendeu... esse mundo... Quero ser assim quando eu crescer... Na entrevista da seleção de doutorado me perguntaram se eu aceitaria mais quatro anos de casamento com a Janice... Eu disse sim... e por isso hoje estou aqui em lua de mel... Ela se preocupou tanto com a minha vinda... até andou xingando lá na federal pra que eu pudesse estar aqui... com um mundo de coisas pra fazer... E nos momentos mais difíceis quando achei que naum ia dar pra vir ela... ela sempre me fazia acreditar...
O nome da Janice também tem um i que grita...
E o Beto que adora brincar com palavras um dia fez os versinhos mais lindos de mim e dela...
Se coisas de menina é meninice...
Coisas de Jana é Janice...


Ontem não fechei a persiana de ferro da janela, antes de todos se deitarem... Acabou que para naum incomodar, dormi sabendo que hoje a claridade me incomodaria bastante...
Tive um sonho bom... acordei com imagens felizes e acordei com o céu azul... Eu naum sabia que gostava tanto do sol. Eu sempre gostei de ficar esquentando no sol... mas eu gosto muito do sol... O dia fica alegre, a gente fica disposto, a gente fica mais brasileiro com o sol... Aqui eu dei de conversar com estátua, com astros celestes, com rios e ventos... tô falando mais sozinha do que nunca... Às vezes fico rindo de mim mesma falando sozinha Genève à fora... Parada no sinal... o povo deve achar a maior loucura!!! Eu fico tentando passar para o francês tudo que penso em português...
Quando estava chegando na Universidade... E olhei pro Mont Blanc até parei... Ele tá cinza... lindo demais... É uma sensação muito legal de déjà vu... porque a gente sabe que existe neve... vê neve na TV... leu a Montanha Mágica... e por mais realidade que a palavra tenha... ver, sentir... é bem legal... É um pequeno minuto em que ver o visto, não é só isso...
Eu também naum sabia que gostava tanto do meu nome... Gosto de todos os nomes que tenham acento agudo, ou que tenham um i que grita no meio... O meu nome tem as duas coisas... Tem acento e o i... Tem gente que me chama de Janaína com o primeiro a nasalizado, eu gosto... Mas tem poucas pessoas que me chamam de Janaína com o primeiro a aberto... solto... Isso faz o som do J ficar mais x. Eu adoro ouvir meu nome assim... Gosto também dos apelidos do meu nome... mas ninguém fala Naninha como a Carla. É uma delícia de ouvir...
Gente!!! O povo daqui naum consegue falar meu nome... É muito engraçado... Os professores lêem umas três vezes antes de se arriscarem... Os colegas nem se arriscam... e as Rodrigues resolveram me chamar de Janína... Depois de várias tentativas como Ranina...Resolvi... deixar... Não adianta tentei mostrar a forma correta pra herodinha, que virou minha amiguinha, mas ela naum deu conta... Entaum vai Janína mesmo... Só quem chega bem perto da pronúncia que eu adoro é o Antoine... fofo...! Tinha de ser!!!
Hoje recebi um e-mail da minha orientadora preferida... Ai a Janice é uma querida, acho que o jeito que olho pra ela é que faz com que eu olhe para o Antoine aqui... Ela é sempre tão chique-básica, de uma leveza... Ela sempre tem uma palavra de incentivo na ponta da língua, além de todas as relações estabelecidas pelos conectores na língua portuguesa... E as que estão começando existir ela, haja visto, já está estudando.
Eu tive poucos orientadores... Na faculdade, aprendi muito, mas não tive professores orientadores, o meu orientador foi o Takao, ele quem me ajudou a pensar mais academicamente pela primeira vez, sem que a gente se nem soubesse disso... Ainda gosto muito da opinião dele sobre o que penso e discuto...
Depois na Pós... Nada menos nada mais que Hugo Mari... Minha nossa senhora da AD, tenho vergonha dele até hoje... pelo trabalho que apresentei... Hoje eu tenho ciência disso... Mas ele é um maestro... Esta é a palavra para ele. Tem frases dele que eu me apoderei... tipo... :Defesa é festa, roupa suja se lava na orientação... : Simmm?!!! Que quer dizer talvez... ou naum.... Que eu fiz virar “Pode”... que tem o mesmo valor semântico de simmm?!! Foi ele quem me trouxe pra UFMG... me disse pra fazer uma disciplina isolada e lá me apresentou à Ida e à minha vovó teórica, Sueli... Ele disse assim pra Ida... Esta menina está vindo pra ficar com a gente... No ano seguinte... eu passei na seleção... Profeta... Tenho um respeito maior do mundo por esse homem por tudo que ele sabe e pelo que ele me passou... Lá na minha dissertação eu disse... Agradeço... em especial ao meu maestro soberano Hugo Mari brasileiro por me soprar esta minha toada.
Quando eu fiz a disciplina da Janice e da Sueli... E vi a Janice e já a escolhi... Eu naum fui a primeira orientanda dela a defender, mas fui a primeira que a escolheu... Antes da Fernanda!!!! Aí quando o Beto ficou em dúvida e quis mudar de orientadora, erro gravíssimo que ele cometeu (eu penso...), eu tentei falar... mas... Achei ótimo porque ela ia ter mais tempo pra mim... Ser ciumenta é um defeito grave que eu tenho... E na nossa relação isso fica bem claro... pra ela e pros outros orientandos... Naum tenho um senão da orientação dela... Ela é de uma gentileza com a gente... não é aquela de sentar num bar e tomar cerveja junto, mas aquele de sentar à mesa e dividir conhecimento e dividir a salada, e a coca 0...
De uma simplicidade... que faz a gente se aproximar e se sentir capaz até de escrever... Quando ela lia os meus textos quase morria... de vergonha de naum saber escrever... mas ela foi dizendo... isso sim, isso naum... E eu vou melhorando... Tudo ela divide... se ela tem chocolate na bolsa, ela divide, se ela vai pra Europa, a primeira reunião com a gente é pra dividir... textos, fotos... experiências... Eu só naum tenho muito ciúmes do Gu e da Rejane... Até da Beth eu tenho... Do resto eu tenho muito... Ela disse uma vez que eu fico com a cara estranha quando ela devolve os meus textos revisados... Fico mesmo ...de vergonha!!! Porque ela me ensinou a cuidar com esmero do que eu quero dizer e às vezes esse caminho é muito duro... Porque ver as marcas dela no meu texto, faz com que eu me reveja como pesquisadora... pois uma coisa que é comum a nós, seus orientandos, é a confiança no olhar dela... Fora isso... aprendo muito com ela vendo a relação dela com os colegas dela de trabalho... Por mais que todo mundo me diga que o mundo acadêmico é marcado pela guerra de vaidades, eu teimo em naum acreditar... vendo como a Janice trabalhar... Se o mundo acadêmico é o mundo das vaidades... A Janice já transcendeu... esse mundo... Quero ser assim quando eu crescer... Na entrevista da seleção de doutorado me perguntaram se eu aceitaria mais quatro anos de casamento com a Janice... Eu disse sim... e por isso hoje estou aqui em lua de mel... Ela se preocupou tanto com a minha vinda... até andou xingando lá na federal pra que eu pudesse estar aqui... com um mundo de coisas pra fazer... E nos momentos mais difíceis quando achei que naum ia dar pra vir ela... ela sempre me fazia acreditar...
O nome da Janice também tem um i que grita...
E o Beto que adora brincar com palavras um dia fez os versinhos mais lindos de mim e dela...
Se coisas de menina é meninice...
Coisas de Jana é Janice...




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