Décimo quinto dia 05 de outubro de 2008
Parece pensamento plugado... Quando vi minha caixa de e-mails e vi lá o Takao... Comprovei que a gente tem mesmo uma cumplicidade... Ele respondeu o e-mail que nem havia mandado ainda... Usou inclusive palavras minhas. Ou será que fui eu que usei palavras dele? Lembrar de 1996 e de como nos conhecemos... no vestibular e de como passamos a fazer parte da vida um do outro... Dos nossos desejos, de quem era a gente foi uma viagem legal... Tenho mais de mil repostas pras perguntas dele... Esse domingo tá muito estranho... Sentei na margem do lago pra ler e ver as pessoas passarem. Estou especialmente me sentindo só. Acho que está sendo uma experiência muito diferente. Me sentir sozinha pra comer, pra dormir, pra lavar meu prato, pra estudar, pra pedir ajuda, pra escolher... Tá sendo uma experiência muito peculiar. É bom estar sozinha... às vezes...
Fico vendo pessoas aqui que vivem assim o tempo todo... Gente que sai pro mundo e vive nesse mundo... Gente que está de passagem sempre... Andam rodando o mundo... Conhecendo o diferente... Sempre sendo estrangeiro... Isso naum faz parte de mim... As tradições mineiras nas quais fui criada naum me permitem ter o mundo como lar. Eu preciso naum me sentir estrangeira... Lá na LAN onde sempre fico, já estou familiarizada com as pessoas... Mas foi muito engraçado o que aconteceu... Eu cheguei e fui ler o e-mail do Takao de repente... alguém colocou a mão nos meus ombros... eu estava tão inteira na leitura do e-mail... que demorei pelo menos 5 segundos pra olhar pra trás... Quando olhei... o rapaz falava comigo... numa rapidez.. e eu... só sabia que ele era um estrangeiro ali naquele momento... Como que entra assim no meio do e-mail do Takao??? Ele repetiu umas três vezes... e eu olhava fixamente pra boca dele... e só ouvia... “eu sou estrangeiro”... Mas a estrangeira era eu... Eu disse pra ele falar lentament.... Num tom bem Kirk... Ele perguntou se eu compreendia espanhol... E eu disse não. Se quiser falar comigo tem que ser em francês... Ele queria que eu trocasse de lugar com um cara lá... Sabe porque o cara naum veio pessoalmente falar comigo... Porque era estrangeiro... Bem feito.
Naum falei com o povo lá de casa... Deixei todo mundo votar em paz... Pois já havia avisado a minha mãe pra votar na Danuza, porque se o Martinho ganhasse e minha mãe tivesse votado nele eu naum voltaria para o Brasil... Não pude comparecer ao encontro marcado... Allez les rouges!
Hoje Sancho e Quixote se encontraram. Falaram de perdas, de ganhos, de Freuds e de saudade!
E a noite acabou de cair...
Em 1996, eu naum sabia quem eu era...
Em 2008, começo a perceber que quem eu sou está no que eu não sei principalmente de mim.
C`est e la vie.

Parece pensamento plugado... Quando vi minha caixa de e-mails e vi lá o Takao... Comprovei que a gente tem mesmo uma cumplicidade... Ele respondeu o e-mail que nem havia mandado ainda... Usou inclusive palavras minhas. Ou será que fui eu que usei palavras dele? Lembrar de 1996 e de como nos conhecemos... no vestibular e de como passamos a fazer parte da vida um do outro... Dos nossos desejos, de quem era a gente foi uma viagem legal... Tenho mais de mil repostas pras perguntas dele... Esse domingo tá muito estranho... Sentei na margem do lago pra ler e ver as pessoas passarem. Estou especialmente me sentindo só. Acho que está sendo uma experiência muito diferente. Me sentir sozinha pra comer, pra dormir, pra lavar meu prato, pra estudar, pra pedir ajuda, pra escolher... Tá sendo uma experiência muito peculiar. É bom estar sozinha... às vezes...
Fico vendo pessoas aqui que vivem assim o tempo todo... Gente que sai pro mundo e vive nesse mundo... Gente que está de passagem sempre... Andam rodando o mundo... Conhecendo o diferente... Sempre sendo estrangeiro... Isso naum faz parte de mim... As tradições mineiras nas quais fui criada naum me permitem ter o mundo como lar. Eu preciso naum me sentir estrangeira... Lá na LAN onde sempre fico, já estou familiarizada com as pessoas... Mas foi muito engraçado o que aconteceu... Eu cheguei e fui ler o e-mail do Takao de repente... alguém colocou a mão nos meus ombros... eu estava tão inteira na leitura do e-mail... que demorei pelo menos 5 segundos pra olhar pra trás... Quando olhei... o rapaz falava comigo... numa rapidez.. e eu... só sabia que ele era um estrangeiro ali naquele momento... Como que entra assim no meio do e-mail do Takao??? Ele repetiu umas três vezes... e eu olhava fixamente pra boca dele... e só ouvia... “eu sou estrangeiro”... Mas a estrangeira era eu... Eu disse pra ele falar lentament.... Num tom bem Kirk... Ele perguntou se eu compreendia espanhol... E eu disse não. Se quiser falar comigo tem que ser em francês... Ele queria que eu trocasse de lugar com um cara lá... Sabe porque o cara naum veio pessoalmente falar comigo... Porque era estrangeiro... Bem feito.
Naum falei com o povo lá de casa... Deixei todo mundo votar em paz... Pois já havia avisado a minha mãe pra votar na Danuza, porque se o Martinho ganhasse e minha mãe tivesse votado nele eu naum voltaria para o Brasil... Não pude comparecer ao encontro marcado... Allez les rouges!
Hoje Sancho e Quixote se encontraram. Falaram de perdas, de ganhos, de Freuds e de saudade!
E a noite acabou de cair...
Em 1996, eu naum sabia quem eu era...
Em 2008, começo a perceber que quem eu sou está no que eu não sei principalmente de mim.
C`est e la vie.





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