segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Queimei o fusível...

Décimo quarto dia 04 de outubro de 2008

Tive que comprar uma sombrinha... O dia começa até bem, mas de repente cai uma chuvinha. Meu cabelo num pode com isso... Quando essa chuva fininha começa a cair as genebrinas de cabelo escorrido e sem chapinha andam assim normalmente na rua... Que ódio... Ninguém nem corre... tenho que entender a relação desse povo com a chuva. Sei que ela é fria assim como devem ser as fabricas dos chineses que produzem essas sombrinhas para todo o mundo. Mas antes deixa eu contar do fusível, porque tem tudo a ver com a noite passada. Quando acordei fui direto acender a luz... acendeu... Liguei o computador... ligou... Nossa senhora da Cemig de Genebra ouvi minhas preces! Será que foi sonho... de qualquer maneira não coloco de novo a tomada do abajur na parede... Fui tomar café... A Gema estava fazendo as sobrancelhas e como sempre me perguntou... com muito carinho como foi minha noite... Ela é taum bonita... É taum branquinha... E me perguntou: - Você viu ontem que faltou luz... Eu falei ahmmmm! Ela me disse que queimou um fusível, que ela teve que comprar outro e que tinha uma pessoa consertando e que era sorte que o que havia queimado naum era tão caro... Gente!!! E minha cara de paisagem...Vogue!!!! Até doer... Num vou contar naum... só se ela me perguntar...
Fui ao mercado e quase compro um bifinho de cavalo. Cavalo é um bicho muito gente pra comer, né?
Fui caminhando bem devagar pela cidade a fora... Hoje era o dia dedicado a Conhecer a Catedral de Saint-Pierre.
A porta é tão grande e naum tem emenda de madeira... As árvores que fizeram aquela porta... É tudo tão grande... Naum tem aquelas enfeitação das nossas barroquices... Eu prefiro as nossas... Adoro aqueles anjos com cara de sem vergonha olhando a gente... Naum vi imagens... É uma sensação diferente! O lugar naum parece tão celestial... sei lá. As naves da igreja formam uma cruz... Vi uns postais lindos, quando fui pagar o moço me ofereceu um tur na torre norte da catedral... Gennnnte eu aceitei, paguei quatro francos pra sessão de análise mais eficaz do mundo... entrei pela porrtinhola e fui subindo... uma escada apertada que só cabe uma pessoa que ia subindo, subindo, subindo... Ai que medo, comecei a tremer... detesto lugar apertado e alto... O quê que eu fui fazer ali....envencionice.... Saint-Júlio, rogai por mim... estas escadas parecem as escadas de um dos sonhos recorrentes que tenho... ela nunca mais que acabava fui me sufocando... minhas pernas doendo... quando cheguei... Tive que sentar uns dez minutos pra voltar à realidade, fiz que tava cansada... pras pessoas naum perceberem que eu tava era passando mal... mal mental, mas mal...
As imagens de lá são lindas, é possível ver a cidade. Há tantos meandros... Parecia que a qualquer momento um monge corcunda viria me cumprimentar... Tirei fotos. Fotografei o sino. Perecia uma cena do livro O nome da rosa, impressionante... O que mais me movia ali naum era a beleza da vista ou os calafrios do lugar... Era a vontade de sair dali... pela mesma escada que eu subi... Quando peguei no corrimão pra voltar, tremia tanto que até errei o corrimão e desci três degraus de uma veizada só... PORRA! Na igreja naum pode...
Pra descer foi a mesma sensação onírica... impressionante... Quando abri a porta me senti como o Rodrigo Santoro no bicho de Sete cabeças quando sai da solitária incendiada... Tive que sentar... O reconfortante foi ver um herodinho também saindo de lá com a respiração como a minha... Será que ele viu Herodes por lá... Continuei... a visita. Gostei muito foi da capela... colorida... Tinha uma das janelas que era o Saint-Pierre em pessoa com chave e tudo na mão...
Recuperada. Sabendo que a Janaína que subiu aquela escada naum era mais a mesma que desceu... Fui visitar o sítio arqueológico da igreja... Num disse... era mesmo mais de uma igreja... A primeira igreja foi construída no século IV e depois a segunda e agora a terceira...
Ia andando com sensação de encontrar com Herison Ford a qualquer momento... Nem ligava.. Acho ele um gato mesmo. Parei de pensar nisso depois de lembrar do último filme em que parecem aqueles ET. Gente... Fantasma ainda vá lá, meu medo supera... Falo comigo mesma: - É coisa da sua cabeça... E tudo certo... mas essa ETzada eu num suporto... Com escada ou sem escada.
Foi uma visita inqueitante. Esse é o adjetivo... Desci de volta pra casa com muita fome e muito cansada... Subir e descer aquela escada me deixou exausta... De fusível queimado.
Sancho só... Foi dormir. Seu senhor deve estar por essas ruas medievais procurando a chata da Dulcinéia.

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