sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O perfume, o conto e a estrela

Décimo primeiro dia 01 de outubro de 2008

Allez les rouges!

Aqui na casa eu tenho lugares que são meus... Tenho um lavabo, lá eu tenho um armário, lugar pra pendurar minhas toalhas, um pequeno espelho e um sabonete. Ele tem um perfume tão doce e macio... Tenho um pequeno espaço na geladeira, um pequeno espaço na dispensa... Tenho também um quarto com uma mesa para estudos, uma pequena estante para meus livros... e uma luminária pra me acompanhar nas noites... Engraçado a senhora aqui me chama de reina (São Maurício dos falantes de espanhol desesperados, é assim que escreve?)... Mal sabe ela que sou mesmo, pois tem um outro lugar onde naum tenho só um pedacinho das coisas e lugares... tem um lugar onde quase tudo é meu e lá naum me chamam de reina. Lá eles me chamam Jana, Naninha, Trator ou Janaína. Queria um lugar onde tudo fosse meu...
Será que esse lugar existe?
Quando entro no banheiro que é meu aqui, vem aquele perfume, quando tomo banho, fico com aquele perfume, que naum é o meu Dove de mais de 5 anos. É outro porque já sou outra. Que boa idéia, deixei os sabonetes do Helder e trouxe os da Beth! Queria que eles naum acabassem pra esse perfume ficar no ar... Já sei! Nem vou tomar banho!!! A idéia é boa, mas é MENTIRA!
Em todos os meus lugares daqui tem meu perfume novo. Fragrância genuinamente brasileira presente de uma amiga igualmente alva e doce. É o jeitim dela estar aqui também! Sai daí e vem pra onde você possa ser leve como esse perfume!!!
A tarde...
Todas as quartas e sextas são livres... quer dizer... livres pra estudar prosódia...
Ganhei outro presente também que naum foi sabonete... Quando fiquei sabendo que meu projeto ia ser financiado... Eu tava na sala de informática da UFMG. Contei ali mesmo pra umas três pessoas... saí da sala sufocada...queria gritar... meu telefone tocou... Ouvi as palavras mais doces e fortes que alguém podia me dizer sobre o que isso significava pra mim (pessoal e profissionalmente) esse projeto... Fragrância genuinamente brasileira presente de um amigo igualmente doce e forte. Naum bastava..., hoje ele me dá um conto de presente... Que serve em mim direitim e que combina com o meu novo perfume... Pode deixar que vou fazer contatos... contatos imediatos de pós graduação stricto sensu, companheiro! Ave São Aluízio de Azevedo protetor do único estudioso do teatro de revista!
Depois fiquei falando, falando naum, ouvindo de incêndios, de flores no balde, de dança, de peixe leite-de-coco e Márcia, de amor e de estrelas. Ri como nunca tinha rido nessa cidade...
Naum importa a grafia, estrelas saum estrelas. Tem gentes que tem sorte, pois podem ter suas estrelas... Mas as estrelas têm donos? Se eu fosse uma estrela... naum sei se ia querer ser estrela do céu ou do mar... onde é mesmo que termina o céu e começa o mar... ? Será que as estrelas do céu, já foram estrelas do mar? Será que as estrelas do céu e do mar se encontram? Certamente as estrelas devem saber,...elas sabem até quem é a PRI...
A tarde caiu e nem vi... a senhora elegantemente veio me acordar do sonho de estrelas dizendo que já estavam fechando...
É a segunda vez que saio à noite aqui... E naum vi estrelas... Todas devem estar assistindo o campeonato brasileiro é gritando pra suas amigas do cruzeiro do sul...
Allez les blues!

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