Vigésimo sétimo dia 17 de outubro de 2008.
Acordei taum bem. Fui pro parque, fiz minha caminhada, peguei minhas folhas... Ah! Tô fazendo uma coleção de folhas do outono de Genebra, pra fazer um quadro quando eu voltar... Brega, né? Mas só vou aceitar crítica de quem tiver vindo aqui e ter feito um quadro de qualquer coisa de Genebra.
Fui pra universidade, no caminho comprei o livro do MAM... Saí da loja igual a menina do clip da Vanessa da Mata... O clip é uma fofura!!! É o clip da canção “Não me deixe só”... hummm! E pra variar trombei com um homem na porta da livraria... Caíram os livros, a nota, minha bolsinha linda de coraçãozinho preto de dinheiro... Parecia cena que filme... sem direção... ele foi todo solícito... pediu mil desculpas... e a culpa toda tinha sido minha... Fiquei olhando pra ele enquanto ele continuava a seguir depois de mim... E fiquei pensando nos homens de Genebra.
Acho que todos os homens bonitos do mundo vieram pra cá. Se bem que o Zidanne naum mora aqui. Mas naum tô falando de beleza pela beleza eu to falando do que eu gosto de ver nos homens... Naum pode faltar a um homem elegância e senso de humor...
Naum é uma elegância qualquer... Gosto de homens com roupa social, de terno entaum... Nossa Senhora... assim andando pela rua... aqui quase todos andam assim de sobretudo e cachecol... Homem de cachecol é tudo... O italiano da aula de elementar... e seu cachecol... Uffff! O que trombou em mim tinha um lindo azul que ia ficando mais claros nas pontas... e vestia um terno preto riscado de giz... Os sapatos até brilhavam... e o cabelo mesmo com trombada naum desarrumou...
Por falar em cabelo, até prefiro os carecas... mas se tiver cabelo grande tem que andar igual a um moço lá da unige... com eles arrumados ou desarrumados com uma certa displicência. Se forem curtos tem de ser iguais aos do Jean-Philippe do departamento de lingüística, delicadamente arrumados ou desarrumados... Adoro o nome Felipe! Esse cara tem cada olhão azul... que engole a gente e mais ou menos 4 palmos de ombro... Meu Santo Antônio!
Até os adolescentes e jovens daqui tem uma certa elegância... Os árabes da LAN... Alá!!! Falam alto e tudo, mas têm os narizes mais elegantes do mundo... E por falar na LAN... o menino que atende a gente... É lindo... e elegante... e fala espanhol... Santa Bernadete! Ele fica taum elegante de camisa preta e calça jeans... Tem o trompetista da ponte... que nem é bonito, que nem tem roupas elegantes... que naum é cheiroso porque naum tem nem o que comer, senaum naum tocava por moedas... mas que tem uma dignidade... suficiente pra ganhar orquídeas. É o mais elegante... O Antoine tem o cabelo mais gracinha... e quando tira o óculos ficam acentuadas as rugas... Ai que lindas...! Ele tem uma mão pequena e naum termina nunca as frases... Se termina é com uma interrogação, o que pressupõem que a gente tem que continuar falando. Fico imaginando ele em casa... Fico até brincando de imaginar ele pelado... É muito legal brincar disso...
Um dia fiz o Helder brincar disso comigo no cinema... Ele ficava vermelho só de olhar pras pessoas... É dessa elegância e senso de humor que eu tô falando... Gosto de brincar de ficar olhando pros homens nos ônibus... A gente fica olhando, olhando... uns às vezes cumprimentam... Eles vaum passar mesmo... e ficam ainda pensando que a gente bem gostou deles... nem sabem que tudo é pura brincadeira....
Há nos homens daqui uma certa elegância despretensiosa que é assustadoramente sedutora, assim com a cidade.
Genebra me seduz! Mas Genebra, calma lá... que eu naum sou taum fácil assim... Não sou mais avulsa... Já entreguei meu coração a outras terras onde no outono as folhas naum caem lindamente assim com aqui... já entreguei meu coração a uma terra de sol quente, chuvas fortes e de homens com outras elegâncias, que têm bom humor e que sabem dançar...
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